A minha foto
Porto, Portugal
Para marcação de consultas, encomendas de ervas, incensos, carvões e demais produtos contactar: 966100412 Consultas As consultas são realizadas por telefone sem qualquer custo de chamada. Para marcar basta seguir estes 3 passos: 1- Pelo Facebook mande mensagem privada na página “MirabilisMagicus" Exemplo: “Olá Mirabilis, gostaria de marcar uma consulta consigo. O meu número de telemóvel é o XXXXXXXXXX" Ser-lhe-á enviada uma mensagem da minha parte em que receberá o Nib para efectuar o pagamento da consulta. 2- Efectuar a transferência bancária e enviar comprovativo por mensagem privada. 3- Marcar dia e hora mirabilismagicus@gmail.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"ORÁCULO DAS BRUXAS" e a sua origem : O povo "Picto"

O oráculo das bruxas são runas baseadas num dos métodos de adivinhação que entre outros era também utilizado desde os tempos mais remotos, pelas bruxas do Norte de Inglaterra.

Em  geral, as bruxas modernas lêem cartas, praticam astrologia, lançam runas  ou utilizam a cabala  um sistema místico hebraico de conhecimento que também é usado para adivinhação.
À excepção das runas, esses métodos de prever a sorte tiveram origem no Médio Oriente e foram levados para a Europa pelos errantes ciganos.
As runas escandinavas talvez sejam o oráculo que mais se aproxima dos sistemas divinatórios dos antigos ingleses.
As Runas da Bruxa foram aprimoradas pelos pictos,que eram antigos habitantes da Escócia que estabeleceram o seu próprio reino e lutaram contra os romanos da Bretanha. Fontes romanas afirmam que este povo tinha um poderoso reino centrado em Strathmere.
Eram um povo guerreiro que a partir das invasões nórdicas nos séculos VIII e IX, se uniram a um outro povo, os "escotos" e em 843, Kenneth I MacAlpin, antes rei dos escotos, tornou-se também rei dos pictos. Venceram vickings e anglo-saxões  e criaram a Escócia.

Ninguém sabe ao certo de onde vieram os pictos,  muitos acreditavam que eles eram um povo mágico.
Franzinos e de pele escura tinham poderes sobrenaturais.
Afinal, eram pequenos e falavam um idioma diferente dos que já habitavam a região.
Os pictos previam o futuro, lançavam feitiços, usavam magia  comunicavam com os mortos.
Os seus costumes e o estranho alfabeto eram semelhantes aos dos ciganos que chegaram posteriormente à Grã-Bretanha.
Algumas letras do alfabeto picto são reconhecidas como símbolos Rom que pertencem aos ciganos  ou povo Rom- com origem na Índia e difundiram diversos sistemas orientais de adivinhação por toda a Europa depois do ano de 1000 d.c.
Parte desses caracteres ou símbolos picto compreendem as Runas da Bruxa.
Essas pedras possuem todo um poder mágico pois além de procederem desse povo misterioso, são confeccionadas com a energia psíquica de quem vai usá-las.


 Consultas on line por marcação: mirabilismagicus@gmail.com

O Sabat das Feiticeiras

Foi durante o século XII que se difundiu mais rapidamente a ideia do sabat, reunião nocturna das sextas-feiras, à qual compareciam as bruxas a voar nas suas vassouras, cavalgando nos seus bodes, ou mesmo transformadas sob a forma de pássaros.

A sexta-feira é 13. O seu nome sugere feitiçaria e, para muitos, a sua ocorrencia no calendário é prenúncio do azar. Toda a sexta-feira, entretanto, está associada à idéia do Sabat, como ficou conhecido na Idade Média o festim em que as bruxas reunidas se banqueteavam na presença do Demónio. Também às sextas, à luz da lua cheia, os amaldiçoados lobisomens se transformam, e os vampiros propalam-se em vôo sedento de sangue à procura das suas vítimas.

O 13 é o número da morte, do azar, do mau agouro, dizem alguns. Para outros, contradizendo, pode simbolizar a sorte por trazer em si as transformações, visto que o 13 representa o rompimento dos limites, a quebra dos padrões estatutários impostos pelo 12.
Expliquemos melhor. O 12 expressa as coisas inteiras, os sistemas fechados e completos. Observe-se que são 12 os meses do ano, as horas do dia e da noite; também o número de deuses do Olimpo e de constelações e signos do zodíaco; e 12 são as notas musicais, tons e semitons.

Já o 13 é aquele que ultrapassa a ordem conhecida das coisas.

Promove a revolução do novo, e intromete-se no nosso mundo de modo a perturbar a nossa aparente sensação de segurança, vinda da ordinária dimensão à qual estamos acostumados. Associado ao jogo, às vicissitudes da vida, igualmente à sorte e ao azar, o 13 ainda compõe o número de cartas de cada um dos 4 naipes dos baralhos comuns. E eram 12 os apóstolos presentes à última ceia de Cristo, de onde se criou a superstição medieval de que quando 13 se reúnem à mesa para comer, um em breve irá morrer.
Predicadas pelo estranho 13, as sextas-feiras, noites de sabat, impõem maior respeito ao imaginário popular ainda mais quando a noite for de lua cheia.

Na mitologia assírio-babilónica, data de mais de 8 mil anos a crença de que Isthar, a lua, se tornava indisposta a cada plenilúnio, quando então se observava o sabattu, período de recolhimento dos homens em respeito à Grande Deusa. Veja-se que provém da antiguidade mais remota o útil conselho dado aos maridos para que estes não provoquem as suas mulheres em fase pré-menstrual. Durante a indisposição de Isthar, guardava-se o sábado, que primitivamente era mensal, dia considerado nefasto, no qual não se autorizava qualquer tipo de trabalho, nem viajar ou cozinhar alimentos. Com a percepção de que Isthar apresentava fases cíclicas, crescente, cheia, minguante e nova, a cada 7 dias renovadas, a prática do sabattu estendeu-se a todas as semanas de modo a demarcar sempre o último dia da semana. Sábado, em português, vem do latim sabbatum, que, por sua vez foi emprestado do grego sábbaton. Este, seria proveniente do hebraico sahabbat, que, etimologicamente, deriva do verbo sabat (parar). Outras fontes extraem-no de seba (sete), ou tomam-no como derivando do termo sabi'at (sétimo dia). Tenhamos em conta ainda que o hebraico sabbat guarda enorme semelhança com sapatu, que em dialeto árcade primitivo significava "paragem, descanso", também "sono da lua". Nesse caso, o termo hebraico seria originário do grego, ao contrário da primeira hipótese.

Acredita-se que a Igreja, na sua obstinada caça às bruxas, tenha julgado conveniente escolher um nome da tradição judaica, especificamente aquele que denota o período de oração que se inicia ao pôr do sol das sextas-feiras, para nomear o conclave das feiticeiras. Agindo assim, transformaria judeus, bruxas e demais hereges, inimigos comuns da fé cristã, em gatos de um mesmo saco. Além disso, no início das perseguições, denominava-se "sinagoga" o local escondido nas florestas destinado à reunião das bruxas. Pesquisando mais profundamente encontramos o termo grego sabbathéos, literalmente "o sabá divino", relacionado com  as sabátidas, festas dedicadas a Sabácio, divindade agrícola conhecida na Trácia e na Frígia, com atributos similares aos de Dionísio, ainda que não tão popularizada quanto este. As sabátidas já ocorriam anteriormente a Moisés e ao judaísmo; e ao seu deus eram consagrados o trigo e a cevada, da qual se fermentava uma bebida inebriante, servida aos presentes.

Foi durante o século XII que se difundiu mais rapidamente a ideia do sabat, reunião nocturna das sextas-feiras, à qual compareciam as bruxas voando nas suas vassouras, cavalgando nos seus bodes, ou mesmo transformadas em forma de pássaros. Para que pudessem voar, untavam os seus corpos com uma poção mágica por elas preparada; e na cerimônia, iniciada à meia-noite, entregavam-se a orgias e ao Demónio.
Qual a ligação desta festa com o sabat das feiticeiras? Entendamos a questão. A Igreja, já no ano de 360, no sínodo de Elvira, admitia a existência dos poderes mágicos, que seriam decorrentes de pactos com o demónio, e negava a comunhão, mesmo à hora da morte, para os que caíssem em tal tentação. Até ao século XI, a Santa Sé diferenciava os seres maléficos, devotados aos sortilégios, aos encantamentos por bonecos de cera, aos maus-olhados, das strigae, demónios femininos que sob a forma de pássaro se alimentavam de recém-nascidos. Strega, bruxa em italiano, deriva daí, e em português temos igualmente o termo estrige; ambos oriundos da raiz latina strix, a significar coruja, pássaro nocturno ou qualquer outra ave de rapina. Um século antes, o monge Regino de Prün dizia que voar à noite com a deusa Diana não podia ser algo real, senão mera ilusão provocada pelo Demónio. (...).

"O Sabat das Feiticeiras"
Por Paulo Urban
Publicado na Revista Planeta nº 346 / julho 2000

Sexta Feira 13

Esta superstição pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.

Outra possibilidade para esta crença está no facto de que Jesus Cristo provavelmente ter sido morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.
Além da justificativa cristã, antes disso existem duas outras versões que provêm da mitologia nórdica que explicam a superstição. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituidos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam a rogar  pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.[1]

Bruxaria Tradicional e o Mistério da Antiga Fé

Dentro dos círculos da Arte tradicional procura activar-se a sabedoria ancestral que descansa codificada dentro da terra e do praticante propriamente, portanto, cada praticante e cada forma de se lidar com a sabedoria ancestral é ímpar, mesmo que se partilhe da mesma herança ancestral, usualmente chamada de witchblood (sangue bruxo). A disposição feiticeira natural do seu parentesco sanguíneo e espiritual para buscar a sabedoria utilizando-se métodos e modos específicos de obtenção desta, é a razão pela qual é mais frequente o uso do termo Cunning Folk (Povo Sábio) quando se refere aos praticantes da Antiga Fé e da Arte dos Sábios.

A mentalidade do povo sábio sempre foi aberta e amigável para a interação com outros praticantes de diferentes convicções, e incorporou estas crenças de uma variedade de fontes, orais, ritualísticas e escritas. Um pouco mais adiante, pode assumir-se que a mesma variedade de práticas e orientações como vistas nos círculos de Bruxaria Tradicional é também vista entre os Bruxos Hereditários, desde que a orientação seja de natureza similar e pode dizer-se que talvez todos os círculos da Arte sábia tradicional realmente surgiram das bruxas solitárias que carregavam a chama no sangue de suas famílias. Durante os séculos, quando as formas mais operativas e cerimoniais de se trabalhar os mistérios se tornaram disponíveis, não era incomum ver estas transmissões incorporadas no trabalho dos sábios mediados por uma mão espiritual para guiá-lo. “Da perspectiva de um praticante, a adopção deste termo é um meio autoconsciente de se declarar a como um dos ‘Cunning Folk’ (Povo Sábio), como um ‘Sábio’, um portador do sangue-sábio e assim como um iniciado da verdadeira tradição bruxa”. (Andrew Chumbley).

Quando um Bruxo Tradicional cria seu próprio método, baseado na sua vivência, conceitos e experiências individuais, este Bruxo não está a criar uma tradição. O conceito de tradicionalismo está mais ligado à sobrevivência dessas idéias, e de sua perpetuação para gerações vindoras.
Assim se explica a oposição à religião new-age, conhecida como "Wicca". Embora se diga muito nos dias de hoje que Wicca é uma tradição de bruxaria, importa lembrar que a mesma foi criada por Gerald Gardner aproximadamente na década de 40, e levada a público na década de 50, portanto conta com pouco mais de meio século de existência. Hoje em dia a Wicca e a Bruxaria Tradicional encontram-se em união e os limites entre as práticas tendem a ser enevoadas em algumas instâncias.